Speak and Lead

Apresentações Orais:
como responder a Perguntas

Fazer uma apresentação em público pode ser particularmente desafiante. Desde o nervosismo à pouca preparação para determinadas perguntas, há fatores que condicionam e prejudicam a nossa prestação.

Em situações como apresentações de teses de mestrado ou doutoramento, em que há um júri e posterior avaliação e atribuição de nota, a preparação para a discussão final é fundamental.

Como responder a perguntas

Queremos, antes de mais, garantir que não nos comprometemos com uma pergunta em concreto. Devemos, sim, comprometer-nos com tópicos e temas. Claro que devemos pensar sobre o que é provável que nos seja perguntado, e é melhor estarmos preparados para perguntas a mais do que para perguntas a menos, mas vejamos o seguinte:

Aquando da nossa preparação, o que pressupõe recorrer a uma folha, se escrevermos a questão “Qual é a importância do Método X na aplicação que fez?” e prepararmos a resposta a isso mas, no momento da discussão, nos perguntarem “Porque é que utilizou o Método X?”, que significa exatamente a mesma coisa mas questionada de forma diferente, dificilmente iremos tender a fazer uma associação mental entre o que preparámos como resposta e aquela pergunta diferente da que esperávamos. Para combatermos este bloqueio, em vez de escrevermos a questão, devemos escrever apenas “Método X”.  Assim, mais facilmente iremos encontrar a resposta no momento em que estamos sob pressão. Daí ser tão importante colocarmos por temas e pontos de resposta. Resumindo, não devemos escrever as perguntas na sua totalidade mas sim tentar colocar por tópicos as perguntas que são prováveis de surgir.

Como aumentar a nossa memorização

Uma forma de memorizarmos mais facilmente o que dizer é recorrendo à abordagem tri-partida, isto é, dentro do tópico de cada pergunta que nos pode ser feita, vamos abordar três subtópicos. É ter três pontos de resposta para cada questão. Mas porquê?

“3” é o número mágico da comunicação em dois sentidos: tendemos a recordar-nos mais facilmente de comunicações organizadas em três partes do que com qualquer outro tipo de estruturação, tanto enquanto oradores como enquanto audiência. Além disso, “3” tende a ser o número mais persuasivo, ou seja, que passa a ideia de que a mensagem é mais completa. Estudos de neurociência comprovam que o mesmo argumento, o mesmo argumentário e a mesma linha de argumentação dividida em 2 partes, 3 partes, 4 partes ou 5 partes, é sempre muito mais persuasiva quando organizada em 3.

Aqui temos duas vantagens: primeiro, o que é comunicação organizada em três é mais fácil de recordar, logo, há maior probabilidade de nos lembrarmos das respostas que queremos dar; e segundo, a mensagem parece mais completa e mais persuasiva, logo, mais facilmente fica na mente do júri. Esta técnica serve para simplificar o que vamos responder.

Outra forma de aumentarmos a nossa memorização é recorrendo a três mensagens-chave, portanto, às três coisas mais importantes da nossa tese. Se tivermos de restringi-la a três pontos principais, quais foram as coisas mais diferenciadoras, mais importantes, mais relevantes que fizemos? Isto é uma espécie de salva-vidas pois, na dúvida, é disso que devemos falar. “Não sei bem como hei-de acabar isto…” – a solução passa por voltarmos ao “Mas penso que a coisa mais relevante que vimos aqui é…”. É sempre o centro da nossa mensagem. Convém, também, que perto do final da apresentação relembremos as três coisas mais relevantes que fizemos ao longo da tese, garantindo que isto fica na cabeça do júri. 

Dica extra: normalmente numa folha à parte, escrever as coisas que tivemos de remover da apresentação por falta de tempo para falarmos delas mas que sentimos que, ainda assim, são relevantes. Ao longo da discussão, podemos olhar para estes temas e tentar introduzi-los no meio das nossas respostas, o que irá tornar a discussão muito mais proveitosa e completa.

Também não menos importante, a nossa linguagem não verbal deve mostrar confiança quer durante a apresentação como durante a discussão. Ao fazerem-nos uma pergunta, devemos virar-nos na direção da pessoa e manter contacto visual, olhando também, ocasionalmente, para o restante júri. Lembre-se: só no final da discussão é que a apresentação termina efetivamente.

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