Um propósito é algo que se pretende alcançar, uma finalidade, uma razão de existir e não é diferente nas empresas. Mais concretamente, o propósito de uma organização engloba uma visão, uma missão, objetivos e valores. Continue a ler este artigo para descobrir o que significa cada um destes aspetos.
A visão de uma empresa é algo determinado para um longo prazo. Já a missão é a forma como atingimos esse algo. Depois da missão temos, ainda, o objetivo.
Enquanto membros de uma equipa, devemos estar constantemente expostos a todos estes conceitos. Mas, antes de mais: porque é que é importante que eles existam?
As melhores visões e missões são as mais simples. Quanto mais curtas, mais fáceis de comunicar. Quanto mais fáceis de comunicar, mais fáceis de decorar. Quanto mais fáceis de decorar, mais fáceis de aplicar. Devem ter não mais do que 5 linhas.
Sejamos nós fundadores, líderes intermédios ou colaboradores, a definição da visão e da missão torna-se mais simples e compreensível para nós mesmos se começarmos do âmbito macro para o âmbito micro:
Visão
Representa um cenário utópico, inatingível. É a parte mais holística e inspiracional da estrutura. Responde à pergunta “Se o mundo fosse perfeito, como é que seria?” (aplicado, evidentemente, a cada área de atuação). No entanto, apesar de inatingível, não deixamos de nos esforçar e de trabalhar para caminhar para esse cenário.
Exemplo: Acreditamos que o mundo seria um lugar melhor se toda a gente atingisse o seu verdadeiro potencial.
Porquê
O porquê é o elo entre a visão e a missão. Explica como é que aquilo que a nossa organização faz é relevante para se aproximar do cenário utópico, da visão.
Exemplo: Acreditamos também que a capacidade de comunicação é a chave para lá chegar pois quem comunica melhor consegue mais oportunidades e aproveita-as muito melhor.
Missão
Esta é a conclusão lógica, relacionada com o nosso core business. Tendo em conta a nossa visão e o nosso porquê, o que nos cabe fazer é…
Exemplo: Tendo isto em conta, a nossa missão é potenciar a sua comunicação.
As melhores missões tendem a tornar-se slogans e não o contrário.
Dependendo de qual for a nossa indústria, há passos que podem ser passados à frente. Exemplo: para uma empresa de papel higiénico, dificilmente a visão será inspiradora.
A missão não se extingue. O objetivo atinge-se e passamos para o seguinte (exemplo: ser a empresa líder de mercado).
Devemos ligar a comunicação dos números e objetivos de vendas a atingir à missão. Veja um exemplo da diferença entre duas formas de dizer a mesma coisa:
O ser humano tem uma necessidade de sentir que é relevante para o mundo, que o que faz tem impacto positivo nesse mesmo mundo. Ao ligarmos, enquanto líderes, os objetivos a causas nobres, damos às nossas equipas uma razão extra para vestirem a camisola. A cada objetivo atingido pela equipa, cada colaborador pode escolher uma causa social a apoiar.
Reforçando o último erro da lista: será que a visão e missão são mais relevantes para os colaboradores ou para os clientes? A resposta é que têm máximo impacto para os colaboradores. Se, porventura, fizerem com que um potencial cliente se identifique com elas e se torne um cliente, é um bónus e não a razão pela qual temos visão e missão.
Os valores são mais facilmente aplicados quando definidos pela equipa e não quando impostos pela liderança. São bússolas comportamentais, ou seja, em situações de dúvida, em que algo não esteja previsto e a equipa não saiba como agir, os valores devem guiar o comportamento de cada colaborador. São evolutivos, conforme a evolução da equipa e da organização como um todo.
Em nenhuma empresa basta ter uma missão. Há que comunicá-la e garantir que toda a equipa a sabe. Deve estar presente no ambiente de trabalho, influenciando a forma como os colaboradores pensam e se sentem, refletindo-a em todas as atividades e ações.