A empatia tem maioritariamente a ver com a forma como falamos, assim como nos expressamos não verbalmente, com as pessoas. No âmbito da influência, se conseguirmos criar empatia com alguém é mais provável que essa pessoa se sinta persuadida por nós, essencialmente por gostar de nós.
Em Portugal, a empatia é o fator de influência mais impactante. Foi realizado um estudo a várias culturas pelo mundo, em que foi posta a questão “Se tivesse de fazer um favor a alguém, em que é que pensaria para conceder ou não esse favor?”. A esmagadora maioria dos participantes respondeu “a um amigo ou a um amigo do meu amigo”, pois a relação de confiança é especialmente importante na cultura portuguesa.
O ser humano cria, de forma natural, empatia com três tipos de pessoas:
Em marketing e vendas, analisemos o contexto de anúncios publicitários.
Pense em publicidades que já viu.
Alguma vez viu uma publicidade com pessoas bonitas? Quase sempre, os atores são bem parecidos e estão no centro das atenções, além de os restantes figurantes se assemelharem ao público-alvo do anúncio.
Alguma vez viu uma publicidade que o elogiasse? Por exemplo, com o slogan da L’Oréal: Porque você merece.
Tudo isto está orquestrado de forma a nos fazer gostar mais de determinada marca, usando elementos (como o personagem que dá a cara no anúncio) com os quais nos relacionamos. Gostamos da marca por associação e isto torna-nos mais propensos a comprar produtos dessa mesma marca. Nós, mais facilmente, compramos algo a alguém de quem gostamos mesmo que o preço seja mais elevado do que a alguém de quem não gostamos mesmo que com um preço mais baixo (desde que a diferença não seja astronómica, claro). Quando a empatia é estabelecida, estamos disponíveis a pagar mais por uma determinada marca, um determinado serviço.
Em vendas, e na maior parte dos cenários, a empatia vence ao fator preço. Enquanto vendedores, quando criamos empatia com as pessoas conseguimos fazer uma primeira venda, mas, se estabelecermos uma relação de empatia, em que as pessoas se sentem mais importantes, esse fator vai acompanhar-nos no longo prazo. Referindo, mais uma vez, Portugal, privilegia-se manter a relação comercial, e de confiança, mesmo que o produto seja mais caro do que perder a relação.
Existem dois processos através dos quais se cria empatia: o processo de identificação e o processo de importância.
Como é que conseguimos criar empatia?
Procure criar empatia com os demais de forma genuína. Não force o curso natural das relações. A nível profissional, seja em vendas ou noutra área qualquer, aplique sempre técnicas éticas e eficazes que fomentem relações saudáveis e duradouras.
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