Comunicação no Mercado de Trabalho
A comunicação duma empresa não passa só pelo marketing, ou seja, comunicação para fora. Passa, também, pela comunicação dentro da própria organização, entre os seus trabalhadores e superiores. Face à competitividade do mercado atual, independentemente do ramo em que se trabalhe, uma boa comunicação no ambiente profissional é fundamental e deve ser eficaz para que permita um entendimento geral por parte dos trabalhadores e não deve, nunca, deixar de ser vista como fator essencial para o sucesso de uma organização.
Muitas propostas acabam por ser recusadas apenas por estarem mal formuladas e não necessariamente por causa de conteúdo inadequado ou pouco pertinente. O desempenho de um trabalhador é frequentemente medido pela sua capacidade de transmitir ideias de forma clara, concisa e com sucesso.
Primeira comunicação: a entrevista de emprego
É logo na entrevista de emprego que as ferramentas que usamos para comunicar são postas à prova. O nosso desempenho vai depender sempre da forma como passamos a nossa mensagem ao interlocutor. Muitas vezes, o nervosismo acaba por ser um dos principais inimigos neste momento-chave, perturbando a forma como nos expressamos.
De facto, o modo como mostramos as nossas ideias e opiniões influencia a construção das nossas relações pessoais e profissionais, pelo que estabelecer empatia com quem nos entrevista deve ser uma das nossas principais prioridades. Para isso, devemos procurar informação sobre a empresa à qual nos candidatamos, bem como apresentar uma imagem cuidada e adaptada à organização. Por exemplo, se nos candidatarmos a uma vaga na administração duma empresa e aparecermos na entrevista de fato mas, ao chegarmos ao local, vemos que todos usam calças de ganga e camisa, estaremos a incorrer num grande erro. Além disso, se queremos persuadir, no sentido de mostrar que somos o candidato ideal, devemos apresentar um discurso coerente e sem grandes hesitações, o que mostra confiança da nossa parte.
Uma fraca comunicação cria conflitos, afeta as relações e gera mal-estar.
Toda a informação dentro de uma empresa deve ser veiculada da forma mais correta e clara possível, não deixando margem para mal-entendidos. Contudo, existem algumas falhas comuns em ambiente laboral:
- Informação mal formulada e excessiva, perturbando a sua compreensão;
- Falta de envolvimento por parte dos membros das equipas devido à desmotivação causada pela informação de pouca qualidade;
- Pouco trabalho em equipa e dificuldade em adaptar e personalizar a mensagem consoante o público e/ou objetivo.
A importância de adequar o discurso
Quando comunicamos de forma clara e eficaz, em ambiente laboral, existe uma maior probabilidade de sermos bem-sucedidos nas soluções que apresentamos e na forma como expomos os nossos pontos de vista quanto aos planos e estratégias a implementar. Os nossos argumentos devem ser estruturados e de fácil compreensão.
A escuta ativa também assume um papel fundamental, principalmente em dinâmicas de grupo, muitas vezes usadas nos processos de recrutamento. O ser humano tende a falar mais do que a ouvir e, por norma, as pessoas sentem-se mais importantes a falar, o que significa que devemos perceber quem é que queremos que, efetivamente, se sinta relevante. Mas atenção: isto pode, a longo prazo, revelar-se um entrave. Devemos ter em conta os feedbacks que nos são dados, sim, mas devemos, de igual forma, saber como oferecer aos nossos colegas o nosso parecer de forma construtiva. Só dessa forma podemos contribuir para o crescimento individual de cada um e, ainda, para o desenvolvimento da equipa como um todo.
Devemos selecionar o meio de comunicação mais adequado à informação que queremos transmitir. Demasiadas reuniões ou, em contraste, comunicação de assuntos importantes via correio eletrónico, por exemplo, podem não ser as escolhas mais acertadas.
A linguagem não verbal também comunica!
Não nos devemos esquecer que a linguagem não verbal é uma questão e que pode comunicar mais do que a linguagem verbal, não devendo ser descurada. A colocação e o tom de voz devem ser adaptados ao contexto em que nos encontramos, demonstrando transparência e flexibilidade. Os recrutadores procuram, cada vez mais, candidatos que possuam não só as competências técnicas exigidas para desempenhar determinado cargo mas também competências transversais, como uma boa capacidade de comunicação.
Para concluir, é importante referir que, independentemente do cargo que ocupamos numa organização, devemos procurar estar sempre o mais bem informados possível para podermos participar construtivamente, pois as empresas são feitas de pessoas para pessoas.
Para atingir o potencial máximo da sua comunicação, alcançando o emprego que deseja e cultivando a cooperação no local de trabalho, temos duas sugestões complementares para si.